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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vínculo Mamãe Bebê

Durante meu preparo para a maternidade li milhares de artigos, alguns livros, assinei umas três newsletter que me falavam desde o desenvolvimento do bebê até sentimentos que eu poderia ter, tanto sobre a situação quanto sobre o bebê.
De tudo que eu li, uma coisa eu realmente achava estranha: o vínculo Mamãe Bebê. As leituras que fiz foram unânimes ao afirmar que meu sentimento pela Elisa cresceria ao longo do tempo. Gradativamente. Como em qualquer relacionamento humano. E havia ainda a possibilidade de, ao vê-la pela primeira vez, eu me decepcionar. Não ser nada do que eu esperava. Daí eles "receitavam" calma e perseverança. Um dia certamente eu conseguiria amar meu bebê.
Bah! Quando li isso fiquei realmente chocada. Eu achei que o amor, a afinidade, o vínculo com meu bebê seria imediato, assim que ouvisse o chorinho dela ao nascer.
Então, chegou o dia tão esperado. Claro que não contive as lágrimas ao ouvir o chorinho dela pela primeira vez. Nunca vou esquecer o momento que colocaram ela nos meus braços, ainda toda melecadinha, inchada, meio amassada, com um olhar entre desconfiado e curioso. Isso não há como descrever. Somente quando sentimos podemos saber como que é.
No quarto do hospital lembrei do que tinha lido, e pensei que eles estavam equivocados. Eu já amava minha pequena Elisa, ainda mais que ela nem tinha nascido feia, então isso já facilitava bastante as coisas. hehehe Como mãe, acabei me envolvendo muito mais do que qualquer um com ela, sempre com a certeza de que não tinha tido nenhum problema em aceitá-la, ou amá-la. Ela sempre foi mais do que eu podia esperar. Aliás, posso dizer que "nada do que eu esperava", já que eu havia me preparado para um "bebê-bomba"! hehehe
Hoje, três meses e meio depois, passadas várias noites acordada, dias como zumbi, "queijadinhas" no pescoço, fraldas sujas, resfriados, narizinho cheio de "tatu" pra limpar, sorrisos discretos, ronquinhos que não te deixam dormir, sons enrolados que parecem ter algum significado secreto, e tudo mais que vivo com ela todos os dias consigo entender todos esses especialistas em bebês. Eles falam do vínculo de amor que tenho com ela.
Dentro da barriga, nós duas estávamos ligadas pelo cordão umbilical. Quase nove meses de "vida a duas". Agora nós estamos ligadas por esse cordão, não mais físico, mas emocional, que se torna mais forte todos os dias.
Minha amiga Viviane, mãe da linda Luísa, me disse uma vez que era o amor mais maravilhoso do mundo, um sentimento tão forte que aumentava a cada dia. Ela tinha razão. E os especialistas também.
Só com esse amor todo mesmo pra ficar acordada até tarde, talvez nem dormir. Compreender, cuidar, limpar, alimentar, amamentar com dor e tudo. E esse amor é tão grande que a gente nem sabe como cabe no peito. É uma experiência inigualável amar um filho.
Ontem, ela custou a dormir, ficou fazendo birrinha comigo, mesmo já com os olhinhos se fechando, ela não queria se deixar vencer pelo sono. Enfim, dormiu. Ao invés de correr pra minha cama, lá fiquei eu "namorando" aquele serzinho tão precioso, só admirando o sono dela. Toda aninhadinha na coberta. Se eu pudesse teria dormido ali, bem juntinho dela. Vou sentir muita saudade desse tempo que ela cabe nos meus braços e fica esperando que eu esteja ali do lado dela até adormecer. Sei que vou...
Bem, acho que descobri o que os livros queriam dizer. E, assim como tudo na vida, sei que esse vínculo vai crescer e amadurecer. Tanto as necessidades dela quanto nossa comunicação vão mudar, novas fases virão, novos desafios. Mas uma coisa eu tenho certeza: esse vínculo vai ser para sempre.

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