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sábado, 1 de maio de 2010

Ser mãe dá trabalho

1º de Maio, Dia do Trabalho. Ótima data para nos lembrarmos de nossas mães! (Nada sugestivo esse meu comentário, hein?! hehehe)
Agora que entrei para o time, acho que deveríamos ser lembradas neste feriado. Afinal, ter filho "dá trabalho". Isso sem contar nas mães que ainda acumulam a função de donas-de-casa.
Chego até a divagar que talvez haja alguma relação entre o mês das mães ser maio também...
Pois bem, esse post eu vou dedicar à minha mãezinha, que teve muito trabalho para cuidar de mim e das minhas irmãs. Tarefa nada fácil de educar, alimentar, amar, enfim, todas as atribuição que esta carreira exige para se obter sucesso.
Enquanto escrevo vou lembrando das coisas boas que minha mãe deixou na minha história. Sempre que eu ou minhas irmãs ficávamos doentes, ela fazia um cardápio especial: bife, purê de batatas, arroz e guaraná. Servidos na cama. Quando a gente se comportava ela fazia ala minuta pra gente, mesmo que esse agrado resultasse em mais coisas pra ela limpar na cozinha, sem falar no cheirão de fritura que infestava a casa toda. À noite, quando a gente tinha pesadelo, ela sempre vinha até a nossa cama, fazia uma oração pra passar o medo, e ficava com a gente até pegarmos no sono de novo. Fizesse frio ou calor, lá estava ela, de prontidão pra nos fazer sentir seguras. Nas festinhas do colégio, ah, como era bom vê-la sentada na platéia, emocionada com nossos teatros e jográis. Por mais simples que fosse o cartão que a gente fizesse pra ela, até mesmo em folhas de rascunho, ela sempre nos agradecia com olhar apaixonado, como se aquele fosse o mais lindo do mundo. E sei que ela guarda nossos rabiscos até hoje.
Bah, hoje, até das coisas não são tão boas eu lembro com amor e algumas quero repetir na educação da Elisa. Sempre que a gente aprontava (e olha que nós fazíamos miséria! hehehe), a mãe nos repreendia três vezes, na terceira o bicho pegava. Quando a mãe nos olhava com aquele olhar penetrante, de aspecto ameaçador, e podíamos ouvir os pensamentos dela que diziam: Em casa a gente se entende. Daí sim sabíamos que a coisa ía feder pro nosso lado. Em cima da geladeira ela guardava as varinhas de marmelo, fininhas e muito flexíveis, e quando devidamente aplicadas às nossas "partes carnudas" produziam uma dorzinha que ninguém merece. Pois bem. Depois de nos notificar com os olhas, ao chegarmos em casa ela já ía logo nos mandando pro quarto, enquanto ía até a cozinha pegar o ferramental de tortura. No quarto, sentadas na cama, ela "rezava o terço" pra gente. Aquela moral era muito pior e mais dolorosa do que as duas varadinhas que ela nos dava, as palavras de repreensão, cheias de amor e zelo, essas sim doíam lá no fundo e nos faziam refletir sobre nossas façanhas. Agradeço muito à minha mãe pelas conversas e pelas varadinhas que ela me deu. A Bíblia diz em Provérbios 13:24 “Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga." Embora muito recriminadas hoje em dia, eu considero sábias essas palavras. Claro, não pensem que ela nos espancava e nem que vou fazer isso com minha pequena, mas minha mãe sabia nos corrigir com amor. E vamos combinar que a maioria das crianças precisa mesmo de umas boas palmadas pra obedecer. Espero que com a Elisa o castigo ou a perda de previlégios seja suficiente. Mas se a coisa apertar, a varinha vai cantar!
Mas por trás de todas essas histórias e da dedicação se esconde uma difícil escolha que minha mãe fez. Largou tudo, faculdade, trabalho, carreira profissional, para seguir a carreira de mãe, e dedicar seu tempo à nossa criação. Infelizmente não posso tomar esse rumo, e nem sei se teria coragem de largar tudo pra me dedicar exclusivamente à Elisa e assumir a profissão do lar. Corajosa, Dna Abegair. Não pensou em mais nada e cedeu ao sentimento materno. Cuidou de nós.
Agradeço muito a Deus pela minha mãe. Com todas as duas virtudes e defeitos, hoje posso olhar pra ela e tenho um ótimo exemplo a seguir de como devo educar minha filha. Oro a Deus que me ajude com a Elisa, para criá-la com todo o amor e cuidado que minha mãe teve comigo e minhas irmãs. No Salmo 127:3 lemos: "Herança do Senhor, são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão." Cuidar de uma herança sem colocar tudo a perder não é uma tarefa nada simples. Ao mesmo tempo que carrega consigo a responsabilidade de zelar pelo presente que Deus nos envia.
Agora, mais do que nunca tenho certeza que a profissão de mãe merece ser lembrada no dia de hoje.
Feliz Dia do Trabalho e um ótimo mês das mães a todos!

Cristine - minha irmã do meio, Eu, minha mãe e a Carlinha, a caçula

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