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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Reaprendendo a brincar

A maternidade pode tranquilamente ser comparada a uma escola. Cheia de novas lições a cada dia. A princípio eu pensava que as aulas iriam abordar assuntos como "Aprendendo a amamentar", ou "Trocando fraldas de cocô sem fazer lambança", ou ainda, "Refluxo ou Golfada? Como diferenciar", entre outras temáticas relevantes. Pois bem, eu estava redondamente enganada.
Desculpem a auto avaliação positiva, mas já troco fraldas com certa destreza, quase sempre acerto a que se refere o choro do momento, tiro de letra o banho de imersão, e estou conseguindo a alimentá-la sem maiores problemas. Porém, numa matéria eu estou "patinando": como brincar com minha filha.
Sabia que isso seria um desafio pra mim. Adoro crianças, mas nunca levei muito jeito pra criar coisas atrativas. Sempre admirei essa qualidade no Jef. Ele tem um carisma com criança que só vi parecido no dindo Cesar. Uma vez ele conquistou a confiança de uma menininha tímida inventando uma super aventura de caminhar na parede. Olhando de fora os dois apenas se arrastavam na parede suja e coxixavam um com o outro. Mas na cabeça da Laurinha, o tio Jef acabava de inventar uma brincadeira extraordinária, e eles estavam vivendo uma aventura incrível. Eu só consegui me aproximar dela, tempos depois e lembro que um dia ela até ficou um tempão comigo na cozinha, fazendo bolo de chocolate e lambuso ao mesmo tempo. hehehe Daí em diante, vi que isso seria um desafio para mim. Minha interação com as crianças resumia-se a alimentar e limpar o indivíduo. Nada mais.
Bem, até então como mãe estava indo tudo muito bem enquanto minha bebê exigia apenas alimentação e higiene. Agora a coisa começou a encrespar. hehehe Ela não quer mais ficar horas a fio deitada no tapetinho "mágico" da Fischer. Ela quer interação, atenção. E, como tem dormido a noite toda, passa mais horas do dia acordada, logo, mais horas do dia esperando que eu faça alguma coisa divertida para ela passar o tempo. Jesus! Ser mãe não é mole.
Então, cá estou eu tendo que colocar minha cabeça pra pensar. Numa tarde dessas até teatrinho eu fiz. Resgatei minha coleção de brinquedinhos do Mc e inventei umas histórias pra ela. Consegui algumas risadinhas, o que me deixou bem satisfeita com meu desempenho, afinal considero essas reações como um tipo de "avaliação" dela. hehehe Mas não durou muito. Com o teatro eu consegui uns 10 minutos da atenção dela. E, pasmem: isso é normal em bebês. Eles se cansam muito fácil da brincadeira, daí o jeito é partir pra outra. Que sinuca! Eu mal consigo ter a idéia de fazer um teatrinho e ela já quer outra coisa. Pois ela tá bem assim. Exigente. hehehe
Agora, durante as horas que ela fica acordada durante o dia, depois de dar mamá e trocar a fralda eu vou revezando ela entre: assistir TV, tapetinho "mágico", mamãe teatral, mamãe cantora, hehehe às vezes, consigo que ela fique no carrinho, sentada, enquanto faço alguma coisa. Mas para dar certo ela precisa estar me vendo e eu conversando com ela. O tempo todo.
Sinto que a cada dia ela vai exigindo mais ainda de mim. Mais do meu tempo, mais atenção pra ela. Provavelmente, quando está brincando no tapetinho ou deitada no berço vendo o móbile girar (que ela adora), ela acaba se sentindo sozinha. E, vamos combinar, ninguém gosta de ficar o tempo todo sozinho, neh?!
Está sendo delicioso ver ela crescer, ficar mais curiosa e esperta com as coisas, ao mesmo tempo que isso faz com que eu comece a me virar nos 30 pra que ela se sinta bem e feliz. Tenho certeza que daqui pra frente as necessidades dela de interação só irão aumentar e eu tenho que estar preparada. Talvez vá ficando mais fácil também, considerando que ela vai dizer do que gosta ou o que está a fim de fazer. Ah, e vai falar também. Isso de falar com ela e receber apenas um sorriso silencioso ou uma careta é bem difícil de assimilar. É estranho ficar falando com ela sem a resposta audível. Parece que estou falando com as paredes. hehehe Papo de maluco. Mas até a pedagoga da escolinha dela me falou a respeito. Disse que é legal ficarmos relatando pra eles o que estamos fazendo, pois além de mantermos uma "comunicação", isso os estimula no desenvolvimento da fala.
Entre as minhas novas tarefas diárias, como mãe, preciso reaprender a brincar.

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