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domingo, 23 de maio de 2010

Despedida da Donna

Ontem, depois de quase três anos de convivência, a Donna se mudou... ou melhor, retornou ao seu primeiro lar.
Isso não foi uma decisão fácil pra mim. Ainda estou digerindo a separação. Mas estou certa de que está sendo muito melhor pra ela.
Quem conhece minha casa sabe que o pátio não é dos maiores, talvez nem dos médios, e durante o outono e o inverno quase não bate sol, o que o torna super úmido e frio. Este ambiente não era bom pra ela, um beagle ainda jovem que precisa de espaço e sol. Além disso, com a chegada da Elisa nosso tempo para ela e com ela acabou, zero! Um beagle, acho que mais que qualquer outra raça, é extremamente carente e companheiro. Mas para ser companheiro é necessário ter quem acompanhar... e nós quase não parávamos em casa antes, agora, nos raros momentos que estamos não conseguíamos dar atenção a ela, não o quanto ela precisava. Querida! Ela atucanava batendo na porta, pedindo pra entrar em casa. Eu tentei algumas vezes, mas cachorro de pátio com as patas sujas em cima das coisas da Elisa não estava rolando. E nem vou entrar no mérito do quanto o Jeh "adorava" nossa cusca.
Assim, depois de algum tempo refletindo a respeito e vendo que não teríamos mais tempo de dar a atenção que ela precisava e merecia, chorei muito, orei a Deus que me ajudadesse a tomar a decisão mais acertada, e falei com a Luciara Moretto, a criadora de onde a trouxemos. Ela aceitou nossa cusca de volta, e eu descansei na minha decisão.
A Luciara é dona de uma criação de beagles e outra de pugs. O amor com que ela cuida daqueles pimpolhos é especial de ver. Era a única pessoa para quem eu daria a Donna com tranquila certeza de que a cusca seria bem cuidada e amada.
Então, chegou o dia da despedida. Eu não queria ir junto levá-la, mas o Jeh insistiu muito e acabei cedendo. Que dor no coração. Quando encostamos o carro na frente da casa da Luciara não pude conter as lágrimas. Eu sabia que iria doer muito em mim (o Jeh, no fundo, bem no fundo, também estava comovido), e doeu. Eu tinha planos de que a Elisa crescesse e se divertisse muito com a Donna, o que certamente aconteceria, mas vi que essa espera era uma atitude muito egoísta da minha parte se eu pensasse em todo o tempo que a Donna iria viver na triste espera de carinho e atenção...
Um dia a Elisa vai crescer e como toda a criança, desejará um cãozinho, então, quando esse momento chegar, ela vai se entender com o pai dela... Eu adoro cachorro, mas ele nem tanto, e eu não quero mais bicho que more no pátio. Eu curto cachorro dentro de casa, sentando perto da gente na sala. Gosto do clima de cachorro dormindo nos pés da cama. Isso pra mim é parceria com eles. Eu cresci assim na casa dos meus pais. Mas o Jeh não e eu não moro mais sozinha. Bem, mas daí já será um problema pra mais tarde...
Por hora, resolvi contar pra vocês por aqui que minha Donninha se mudou, será muito feliz no novo lar, e a Elisa acabou perdendo o cão antes de ter notado a existência dele. Acontece. Só não quero mais tocar nesse assunto, pelo menos até a ferida sarar. Hoje de manhã fui arrumar as coisinhas dela no pátio, doamos a casa e os demais apetrechos para a Lady, a cachorrinha nova dos meus pais, e foi difícil conter as lágrimas e a saudade da minha cusca...
Então é isso. Mais palavras aqui só vão me fazer chorar.

Tchau, Donna, foi maravilhoso te ter como minha cusca, te ver crescer, dormir contigo no sofá, mesmo que escondido do Jeh. Eu adorei ir pra praia contigo. Mesmo tu sendo bem malcriada às vezes nunca vou esquecer da alegria com que sempre me esperou na porta, todos os dias. Nunca vou esquecer que tu conseguias perceber quando eu não estava legal. Vou sentir saudade da tua carinha de trakinas, sempre que eu chegar em casa. Nunca vou esquecer como foi bom te ter.
Seja muito feliz! Faça muitos amigos e seja mamãe, pois isso vale a pena na vida!

3 comentários:

  1. que pena, né? mas a vida é assim mesmo, por vezes nos exige escolhas nada fáceis....mas vale lembrar dos momentos que foram legais,,,afinal, tudo na vida passa...até uva passa!! rssss (pra descontrair...rss) bjsss

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  2. Ai Ana, eu não conseguiria dar meus "filhos", no máximo deixaria com os avós. Sei q tiveste teus motivos, mas eu chorei ao ler a história. Q São Francisco proteja a Donna e que ela seja muito feliz
    Bjs

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  3. Amiga, pq não me contou sobre a Donna? O Stitch iria adorar uma companhia. Olha que ele é um partidão....

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