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terça-feira, 27 de abril de 2010

Cortando o cordão

O cerco está começando a se formar. Sexta-feira passada foi um dia e tanto para o meu processo de cortar o cordão com minha mimosinha. Além de assinar a minha solicitação de férias, o que indica que meu tempo exclusivo com ela está chegando ao fim, também foi o dia da matrícula na escola e, finalmente, do cinema com o papai. Ufa! Fortes emoções!
Ir até a empresa levar o documento foi tranquilo. Aproveito sempre pra dar um oi geral para os colegas, matar a saudade. Na escola também foi bacana. Quando fomos conhecê-la, na primeira vez, não tivemos a oportunidade de conhecer a Sônia, diretora da Descobrindo o Mundo. Batemos um papo bem legal com ela e ainda pegamos umas dicas, que por pura boca-abertice não colocamos em prática na mesma noite. A dica era: quando deixássemos a Elisa com alguém deveríamos deixar uma fraldinha com cheiro de leite, ajudaria a acalmar quando ela sentisse a falta da mãe.
Bem, aí entra a maior aventura! Na verdade, aventura mesmo quem teve foi a madrinha dela, a Dani! hehehe Depois do ensaio do Coral, dei uma boa "tetiada" pra Elisa, arrumei a sacolinha e o kit de sobrevivência (tapetinho da Fischer Price, bico e Funchicória*) e hora de dar tchau. Que momento. Quando coloquei o bebê conforto no carro da Dani e realmente me dei conta que iríamos sair sem ela, só nos dois, por aproximadamente três horas, senti um baita aperto no coração e aquele frio na barriga. Mas agora era tarde. E eu precisava disso. Faz parte do processo.
Lá fomos nós pro nosso carro, enquanto eu assistia o carro da Dani dobrar a esquina com a minha filhinha, já com o rosto cheio de lágrimas! Chorei do Olímpico até o Praia de Belas, sei que parece fiasco, mas quem já é mãe sabe bem do que eu estou falando. É uma dorzinha, bem lá no fundo do coração, e uma sensação de "mãos vazias". Ai ai. Difícil, mais do que da outra vez que deixei ela com a Paula.
Pois bem. Chegamos ao cinema, e quando o filme começou consegui desligar um pouco. Assistimos "Caçador de Recompensas", bem legal o filme, demos umas boas risadas, fizemos programa de namorados, o que não fazíamos há algum tempo. Só nós dois. Foi bem legal. Claro que, vez que outra eu olhava o celular pra ver se tinha alguma chamada. Mas consegui assistir todo o filme sem peso no coração, só uma saudade, e uma vontade de pegar a minha gordinha no colo e enchê-la de beijinhos, sentir o cheirinho dela logo. Loucura, isso de maternidade. Nunca imaginei que me sentiria assim.
Enquanto isso, na casa da dinda... a fofa acordou, brincou com a Dani, as duas bateram um papo. Mas, lá pelas tantas a Elisa começou a sentir a barriguinha roncar. Daí a coisa foi ficando séria. A Dani conseguiu que ela desse um cochilo pra esquecer o mamá. Ponto pra Dinda. Mas quando a bonequinha acordou novamente não queria saber de lenga-lenga, vamos lá, vai logo dando um jeito no meu mamá!
Se tivéssemos combinado não teria dado tão certo. A coisa encrespou bem quando o filme estava no fim. Quando as luzes do cinema se acenderam, olhei no celular e tinha uma chamada de 5 minutos atrás. Ligamos pra Dani e dava pra ouvir o chorinho dela no fundo. Uma coisa nós já sabemos, enquanto ela mamar, programas a dois devem ser próximos ao QG! hehehe
Quando encostamos o carro na frente do prédio da Dani, dava pra ouvir o chorinho dela lá de baixo. Daí me deu um dó. Apertou o coração de novo. E o mais emocionante aconteceu: quando peguei ela, ainda chorando bastante, no meu colo e comecei a conversar com ela dizendo que já íamos resolver o problema, o choro dela mudou. Agora era uma queixa, com beicinho e tudo. Subimos a escada pro apartamento e ela resmungava, parecia reclamar a minha ausência e a demora do lanche.
Depois que estava de barriga cheia, foi como tirar com a mão! Distribuiu sorrisos e conversinhas pra todos. Mas quando chegamos em casa ela não quis dormir sozinha no berço dela. Embalei até que o bracinho caísse de tão adormecida. Foi só colocar no berço que ela despertou. Como eu também estava toda emocional com nossa experiência, desobedeci a todas as regras, e dormi com ela na minha cama. Claro que dormi mal pra caramba, neh?! Como ela ficou entre eu e o Jef, passei acordando a todo momento pra ver se não estávamos deitando em cima dela. No meio da madrugada ela foi pro berço dela.
Valeu a experiência e a Dinda Dani se saiu super bem! Manteve a calma e cuidou dela super bem. Isso é fantástico pra nós pais, termos pessoas de confiança pra dar uma assessoria.
Valeu, Dinda!

*Funchicória, para os que ainda não sabem, é um posinho quase que mágico. É só molhar o bico nele e colocar na boquinha do bebê. Tem efeitos calmantes. Com a Elisa não funciona muito, mas ganhamos mais uns 5 minutos até ela retomar a choradeira, após cuspir o bico quilômetros à frente.

Um comentário:

  1. Ana, q experiencia..imagino q ficarei assim tb..
    Legal a dica da funchicoria.

    Bjo!

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